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segunda-feira, setembro 04, 2006

O saque aos cofres públicos

Depois de saquear as riquezas durante a ocupação das américas, a igreja continua saqueando o povo deste país através do governo.
A Lei de diretrizes e Bases da Educação estabelecia, a partir de 1996 que:
Art. 33. O ensino religioso, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, sendo oferecido, sem ônus para os cofres públicos, de acordo com as preferências manifestadas pelos alunos ou por seus responsáveis, em caráter:I - confessional, de acordo com a opção religiosa do aluno ou do seu responsável, ministrado por professores ou orientadores religiosos preparados e credenciados pelas respectivas igrejas ou entidades religiosas; ouII - interconfessional, resultante de acordo entre as diversas entidades religiosas, que se responsabilizarão pela elaboração do respectivo programa.

Esse artigo no entanto foi mudado, tirando o caráter facultativo e obrigando o Estado a gastar dinheiro dando ensino religioso para os alunos:
Art. 33. O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo. (Redação dada pela Lei nº 9.475, de 22.7.1997)

Embora a lei vede a prática do proselitismo, ele é praticado descaradamente uma vez que o currículo do tal ensino é definido pelas próprias denominações religiosas, conforme especificado nos parágrafos seguintes:

§ 1º Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição dos conteúdos do ensino religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e admissão dos professores.
§ 2º Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do ensino religioso.

Pois bem, tá na hora de acabar com essa sem-vergonhice. Tem universidade picareta até oferecendo curso de "ciências da religião", muito embora uma palavra seja o exato oposto da outra. Se tem curso de ciências da religião, tem que ter de ciências do ateísmo também. Na base do olho por olho, absurdo por absurdo. E não basta falar da diversidade de religiões, tem que incluir no currículo escolar a diversidade de pensamentos ateus e não-religiosos.

E mais. O fundamentalismo ateu se baseia num dogma de fé, a não existência de nenhum tipo de deus, e portanto pleiteia assento, como denominação religiosa, nos conselhos de entidade civis que definem os currículos de ensino religioso no país. Ou dividimos a disciplina meio a meio, metade para os teístas e metade para os ateístas, ou então cria-se nas escolas uma disciplina de ateísmo.

Para tanto é preciso reforçar a nossa organização, fundando igrejas ateístas em todas as cidades do país. É preciso expor a diversidade que existe dentro do ateísmo, para mostrar que o mesmo deve ser estudado a fundo ao longo da vida escolar, e não reunido em um balaio como se todos os ateísmos fossem iguais.

Ateu, comece hoje mesmo sua miltância. Em cada esquina há um pobre ser humano que sofre oprimido por sua religião, querendo receber a graça do ateísmo.